29 abril 2010

Um bate-papo com Emily Deschanel

Mais conhecida por interpretar a antropóloga forense Dr. Temperance “Bones” Brennan no sucesso Bones, o foco da atriz Emily Deschanel é um pouco diferente no mundo real. Vegan desde a adolescência, Deschanel é defensora de uma série de causas de direitos dos animais, incluindo o intento em acabar com a pecuária industrial e expressar-se acerca da Ata de Proteção aos Grandes Primatas (Great Ape Protection Act).

Siga adiante para descobrir mais sobre os ativistas que inspiram Deschanel, uma festa de pijamas de tremer e a sobremesa vegan favorita dela.

GOOD: Você tem dito que o veganismo pode ajudar a proteger o meio-ambiente. Você pode dar mais detalhes sobre isso?

EMILY DESCHANEL: Teve um estudo feito pela ONU que chocou até a mim, vegan há 17 anos. Ele dizia que a exploração pecuária era pior para o meio-ambiente do que a combinação de todos os transportes do mundo – ônibus, trens, aviões, carros, todos eles. Isso é gigantesco! Todo mundo está preocupado em dirigir veículos híbridos, mas nem todos entendem que a comida que consomem todos os dias é muito pior para a Mãe Terra. Nesse momento, a maioria dos grãos cultivados em nosso país abastece as fazendas pecuárias. São necessários muitos mais grãos para alimentar um animal antes de ser morto para virar alimento, do que para alimentar os humanos diretamente. Sem contar o escoamento das fazendas que polui as fontes de água, como rios.

Além disso, essas fazendas produzem 130 vezes mais dejetos do que as pessoas. Essas são apenas algumas razões do por que ser vegan/vegetariano ajuda ao meio-ambiente, e por que eu encorajo as pessoas a pelo menos comerem menos carne. Tornar-se vegan também faz bem para sua saúde. Se as pessoas quiserem mais informações sobre como se tornar vegetarianas/vegan ou reduzir o consumo de carne de forma saudável, acesse goveg.com


G: Como você se envolveu com a Ata de Proteção aos Grandes Primatas (Great Ape Protection Act)?

ED: Depois de conversar com algumas pessoas no Comitê de Médicos pela Medicina Responsável (PCRM), uma organização que admiro grandemente. A ação acabaria com o uso de chimpanzés em pesquisas invasivas nos EUA. Atualmente há cerca de 1.000 chimpanzés forçados a viverem em laboratórios onde ainda bebês são separados de suas mães, mantidos em cativeiro, infligidos com danos físicos, e isolados de outros animais ou humanos. Isso não é jeito de se viver. A maioria dos macacos que estiveram nesses tipos de instalações mostra sinais de traumas físicos e emocionais. Esses são animais tão fantásticos e não podemos deixá-los viver num sofrimento desses. Há várias alternativas para essas práticas cruéis que não envolvem machucar os animais. É possível apoiar a Ata de Proteção aos Grandes Primatas na página do PCRM dizendo ao seu representante para apoiar o estatuto, aqui.


G: Quais são alguns dos ativistas que te inspiram?

ED: Quero mencionar minha amiga Lisa Shannon que deu início a Run for Congo Women e acabou de escrever um livro sobre sua experiência, chamado A Thounsand Sisters. Ele nos mostra como podemos fazer a diferença no mundo, até mesmo quando isso parece tão grande e tão distante. Ela começou uma corrida de 2 km para arrecadar dinheiro para as mulheres no Congo. Lisa é destemida, ela regularmente visita a devastada República do Congo.

Há tantos! Uma das minhas heroínas é a falecida Gretchen Wyler, que foi atriz da Broadway por vários anos e então se voltou para os direitos dos animais. Ela iniciou o Genesis Awards entre outras coisas, que homenageia a mídia por promover as causas animais. Também admiro Zainab Salbi, a fundadora da Women for Women International. De um passado volátil (seu pai era o piloto de Saddam Hussain), ela dedicou sua vida a ajudar e apoiar mulheres de países devastados pela guerra no mundo todo.


G: Você é efetivamente envolvida com a PETA. Como você lida com as pessoas que vêem os membros da PETA como extremistas?

ED: Entendo porque as pessoas pensam isso. Às vezes a PETA faz demonstrações que parecem bem extremas, mas é importante entender que muitas vitórias para os animais foram por meio da PETA. Eles sabem bem como usar a mídia para chamar a atenção para questões que as pessoas não teriam conhecimento de outra forma. Nem sempre eu concordo com o que a PETA ou outras organizações fazem ou dizem, mas entendo a importância delas no movimento. Se você não está de acordo com alguma organização em particular, você não precisa trabalhar com ela. Não permita que isso o impeça de se envolver; você pode colaborar com uma organização menos controversa como a Human Society.


G: Que conselho você dá para os nossos leitores que desejam dar início ou manterem um estilo de vida sustentável?

ED: Comece com passos de bebê e parta daí. Se tiver uma recaída, retome sem censurar a si mesmo. Todos cometem erros de vez em quando. Sempre que dominar um hábito, adicione outro. Talvez comece com reciclagem, então construa um composto bin, troque suas lâmpadas para fluorescentes, comece a reutilizar sacolas, mude sua dieta em um item por vez. Seja gentil, porém persistente consigo mesmo. Talvez ninguém vá notar se você não reutilizar suas sacolas retornáveis no supermercado, mas isso fará diferença para o planeta se você continuar esquecendo.


G: Você atuou num vídeo excelente do Funny or Die com um grupo de jovens atrizes de Hollywood que retratava uma festa de pijamas interrompida por paparazzi. Você tem alguma história divertida de festas de pijamas de quando era menina?

ED: Uma que ficou na memória, foi a festa de pijamas do aniversário da minha irmã, na verdade. O terremoto de 1994 em Los Angeles aconteceu naquela noite, e tinha cerca de 10 meninas de 13 anos lá. Uma das meninas gritava o meu nome por ajuda. Eu estava no andar de cima, no meu quarto. Foi bastante assustador. Felizmente, ninguém se machucou, e acho que apenas um vidro quebrou. Suponho que essa não seja muito divertida.


G: Nós lemos que você não gosta essencialmente de tomar remédios. Qual é o seu remédio natural favorito e mais eficaz?

ED: Se eu precisar de medicamentos, eu os tomo, mas acredito sim que alguns comprimidos sejam super prescritos. Além disso, muitos remédios sem necessidade de prescrição possuem efeitos colaterais desagradáveis que podem não parecer por um longo tempo. Se eu estiver com dor de cabeça, a primeira coisa que faço é beber água ou água de coco. Desidratação é uma causa comum para dores de cabeça. Então verifico se tenho contraído minha mandíbula. Procuro a causa ao invés de encobrir os sintomas com medicação.


G: Quando você ouviu pela primeira vez acerca do veganismo e o que a levou a se tornar adepta?

ED: Assisti a um documentário chamado Dieta Para Uma Nova América baseado no livro, com mesmo título, do John Robbins. Tornei-me vegetariana imediatamente, e então vegan dois anos depois. Ele mostra as fazendas industriais e o impacto negativo que têm sobre todos nós.


G: Qual é a sua receita favorita de sobremesa vegan?

ED: Sou obcecada pelos cupcakes de pasta de amendoim do novo livro da Alicia Silvertone chamado The Kind Diet. Tão deliciosos! Eu uso pasta de amêndoa natural.


G: Numa entrevista para a Women’s Health você disse, e eu cito, “Acredito que posso convencer qualquer um a se tornar vegetariano.” O que você diria ao guitarrista Ted Nugent, que é conhecido por sua visão política conservadora e por ser a favor da caça e ao direito de portar armas?

ED: Não sei por que eu disse aquilo! Não sou proselitista, mas se alguém me pergunta fico contente falar sobre ser vegan, porque eu acredito tanto nisso. Às vezes gostaria de ser mais ousada. Acho que eu começaria com o lado saudável com uma pessoa assim, porque ela evidentemente não parece acreditar que os animais possuam sentimentos (o que eles possuem, se alguém estiver questionando). Há um livro chamado The China Study que apresenta o mais amplo estudo nutricional na história. A intenção era determinar que a proteína animal era saudável mas os resultados foram contrários. Às vezes as pessoas precisam ser agarradas pelo ângulo da saúde. Gosto de deixar os fatos falarem por si mesmos.


G: Se você pudesse dizer uma coisa ao Presidente Obama, o que seria?

ED: Essa é uma pergunta muito difícil para ser respondida tarde da noite. Há tantas coisas!

Fonte: Good
Dica: Bugaboo628
Tradução: Amanda Carvalho

3 comentários:

  1. Não sou vegetariana, mas apóio essas causas pelos animais e pelo meio ambiente. A Emily realmente é uma fofa, e muito coerente no que diz. Impossível não admirar essa mulher. Excelente reportagem :)

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  2. Tambem não sou vegetariana, mais tbm apóio essas Causas. Acho que mudar o planeta só dpeende de nós mesmos, e realmente é de se admirar, uma mulher que nos conquista na tv, e fora dela =D

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  3. A Emily é muito Cute mesmo... Cada dia que passa eu admiro mais ainda ela não só por ser uma grande atriz, mas por realmente ser uma mulher incrivél! O jeito como ela fala, é de convencer a todos! Excelente reportagem [2x] =D

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