12 dezembro 2009

[Entrevista] Emily Deschanel sobre a complexidade de Brennan, a química com David e mais

Após o término da quarta temporada no outono passado, a peculiar série processual da Fox, Bones, foi renovada não apenas para uma quinta, mas para uma sexta temporada. Uma prova evidente dos índices de audiência do programa, que por sua vez refletem o quanto o público aprecia assistir não apenas aos desfechos dos os mistérios semanais, mas ao enredo secundário e contínuo da racional antropóloga forense, Temperance Brennan, interpretada por Emily Deschanel, e do Agente Especial do FBI, Seeley Booth, interpretado por David Boreanaz, que chama a culta parceira de “Bones”.

Pode-se dizer que Deschanel nasceu no show business. Seu pai é o cinematografista Caleb Deschanel, e sua mãe, a atriz Mary Jo Deschanel (e a irmã caçula é a atriz contemporânea Zooey Deschanel). Embora antes tenha tido papéis importantes, notavelmente na minissérie de Stephen King, ‘Red Rose’, e no filme independente de terror, ‘Boogeyman’, mas é em ‘Bones’ que Deschanel tem deixado, consideravelmente, seu marco profissiona. Ela conversa conosco, exclusivamente, acerca de como é interpretar a complexa Dr. Brennan.

iF MAGAZINE: É difícil balancear as incríveis inteligência e franqueza de Brennan e o fato de que às vezes ela não saiba coisas que a maioria das pessoas considera óbvias acerca da tendência cultural?

EMILY DESCHANEL: Acredito que ela obviamente tenha conhecimento de como as pessoas de certas tendências se comportam, mas ela não compreende a cultura popular e fama, celebridades. Está mais interessada em – ela pode não saber que são, observar o comportamento de outras pessoas e sua estrutura hierárquica [da interação entre eles]. Mas sim. Acho isso fascinante. Adoro contradições nos personagens, portanto não acho difícil interpretar essas coisas. Tenho amigos que sempre se contradizem. Tenho uma amiga que é feminista, porém pertence a uma família muito tradicional da Pérsia, em que ela tem que casar com alguém que seja persa e judeu, todas aquelas coisas. As pessoas se contradizem o tempo todo, e eu adoro isso. Acho isso bem humano. Claro que é necessário equilíbrio para não exagerar nem em um, nem em outro, para que seja crível e tudo mais.

iF: A maioria das pessoas se inteira dos sinais culturais a fim de que sobrevivamos na cultura. Você acredita que teria algo divertido em ser capaz, como Brennan o é, de ser destemida o suficiente para adotar o, ‘Prestarei atenção naquilo que me interessa’?

ED: [risos] Adoraria isso, na verdade. Gosto do fato de que ela não se preocupa com tantas coisas. Isso é inevitável em nossa cultura – onde se absorve as coisas por osmose. Mesmo que você evite todas aquelas revistas que falam sobre certas celebridades e suas vidas, ou assistir a televisão, isso se torna parte de nossas notícias. E também ignorar certas tendências e expectativas sociais, acredito que seria extremamente libertador em vários aspectos, apenas em se comportar da maneira que se tenha vontade, ao contrário de ser, em certo ponto, obrigado a comportar-se de determinado modo.

iF: Você acha que Brennan mudou no decorrer das temporadas?

ED: Com certeza. Desde o começo, achei-a muito isolada. Ela precisa ser por causa do trabalho, mas ela também o fez [tornar-se emocionalmente contida] porque fora abandonada pela família em determinado momento. Eles o fizeram com boas intenções, porém ela não sabia naquela época, e aí se isolou. Edificou vários muros ao redor de si mesma a fim de se proteger das pessoas. Pessoas a machucam. Ela concebe que as pessoas partem, ferem e você se protege, e foi o que ela fez. E ao conhecer, trabalhar e se tornar amiga de Booth, ela realmente aprendeu a se abrir e a se tornar mais amigável, mais sociável – vê-se um lado extrovertido dela, até então inédito. Constatou-se isso no episódio do circo, na temporada passada, onde ela se deixou levar por toda a apresentação, de certo modo, percebe-se uma menininha emergir em Brennan. Ela fica mais solta e relaxada [risos] –isso soa – não sexualmente, porque ela sempre foi [sexualmente aberta] – ela se tornou mais aberta e abrandou as barreiras que construíra em volta de si mesma; portanto tem sido excelente explorar o interior dela, [a forma] como ela tem deixado as pessoas terem um vislumbre [do seu verdadeiro eu], que ela se abriu emocionalmente e que se comove com as coisas.

Siga adiante para conferir a entrevista completa. :)


iF: O que você diria que é vital para a química entre Brennan e o personagem de David Boreanaz, Seeley Booth?

ED: Pode-se ter um script que mostre a química para que David e eu trabalhemos e pode-se ter um que não apresente isso, então o script definitivamente tem sua participação. Não diria que [a química] vem apenas dos atores. Mas considero importante que David e eu tenhamos um bom relacionamento quando não estamos filmando para que tenhamos aquele relacionamento e química em frente à câmera. Portanto, isso é importante para nós assim como trabalhar para que tenhamos essa química e sempre ensaiar as cenas a fim de aprimorarmos.

iF: Você tem um episódio ou momento favorito de ‘Bones’ que já tenhamos visto?

ED: Tenho. Adorei o episódio circense da temporada passada. Também adorei ‘The Critic in the Cabernet’, o penúltimo da quarta temporada. Nessa temporada, o que mais gosto é o episódio Amish, mas vai saber como será o resultado final. É interessante que na edição, as peças se juntam de uma forma que não se esperava, mas há um belo episódio acerca da sociedade Amish.

iF: Você é produtora da série há algumas temporadas. Como isso se ajusta ao seu trabalho de atuação?

ED: Desde o começo penso nisso como uma extensão colaborativa ao caráter da série. Isso apenas amplia essa cooperação. Pode ser de logística, com equipamentos, pode ser algo relacionado à história ou personagens, uma série de coisas. Nós [Deschanel e o ator companheiro/produtor, Boreanaz] estamos limitados porque estamos no set todos os dias, em várias horas de gravação, então não podemos sair e verificar locações ou fazer o orçamento precisamente, todavia, observamos o que está acontecendo e estamos cientes dos problemas e tentamos ajudar a solucioná-los.

iF: Você fez alguma coisa durante a pausa entre a quarta e quinta temporadas?

ED: Nada relacionado a trabalho. Tenho avós na casa dos 90, eu os visitei, fui de férias à Espanha e a Nova York algumas vezes para entrevistas.

iF: Gostaria de acrescentar algo acerca de ‘Bones’?

ED: [risos] Não estou certa. É um prazer. Estou realmente empolgada para essa temporada e acho que o público ficará satisfeito com ela.

Fonte: IFMagazine

Um comentário:

  1. Mais uma entrevista maravilhosa da Emily.Como sempre sincera,alegre e cativante.Amo ela.

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